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terça-feira, 26 de maio de 2015

Senado 14.05.2015 - Líder do governo defende tranquilidade nos debates sobre ajuste fiscal

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou na tarde desta quinta-feira (14) que a discussão sobre as medidas de ajuste fiscal será feita com tranquilidade. Ele fez referência à medida, aprovada pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (13), que dá ao trabalhador, na hora da aposentadoria, a possibilidade de aplicar a chamada regra 85/95 em vez do fator previdenciário. A regra foi aprovada como emenda à Medida Provisória (MP) 664/2014.

Delcídio disse que não existe, ainda, uma orientação de governo sobre o assunto e admitiu que o Executivo tinha o plano de estudar o assunto mais pra frente. Ele lembrou que, em 2009, ainda no governo Lula, o fim do fator previdenciário chegou a ser ventilado, mas o assunto não avançou. Para Delcídio, “talvez tenha chegado a hora”. O senador disse também que é preciso respeitar a história de cada parlamentar. Ele citou o senador Paulo Paim (PT-RS), que tem o fim do fator previdenciário como uma de suas bandeiras políticas.

O líder acrescentou que o assunto só será debatido depois que a MP 665/2015 for votada no Senado. A MP chegou ao Senado na terça-feira (12). A matéria, aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados, faz parte do pacote de ajuste fiscal do governo e dificulta a obtenção do seguro-desemprego e do abono salarial. Ele disse confiar no entendimento entre governo e Congresso e no compromisso do Parlamento com o país.

— Temos de fazer algo coerente, entendendo a vontade do Parlamento e o momento que o país está vivendo. A característica do Congresso foi sempre compreender o momento do país e buscar soluções, preocupado com cada cidadão brasileiro — afirmou.

Delcídio reconheceu que o PT tem dificuldade para votar medidas que diminuem direitos sociais e trabalhistas, mas disse que é “necessário”. Ele ainda defendeu que o governo fortaleça sua agenda positiva, criando uma pauta de investimentos para o país. O senador citou como exemplo a intenção anunciada do governo chinês em investir no Brasil cerca de US$ 50 bilhões em obras de infraestrutura.

Fonte: Agência do Senado

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